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Casa Cultural

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Cuidar das Pessoas

Hoje vou começar o texto, voltando ao passado. Sem entrar em muitos detalhes,

mas para falar de cuidado, será preciso voltar no tempo, onde tudo começa...


Dona Maria Alone

Dona Maria Lima, mãe amorosa, se mudou para a Vila Nossa Senhora das Graças com seus filhos. Família de origem pobre, a dificuldade era muita. Não havia água nem energia elétrica. A água era carregada por ela e seus filhos de uma mina que havia um pouco distante de sua casa, muitas vezes, até durante a noite se enchia os tambores. As vezes tinha água limpa, as vezes era uma mistura de água com barro que a família utilizava, pois não havia outra. Se já não era fácil, tudo se tornou ainda mais difícil, quando o pai resolveu sair de casa abandonando seus filhos, sem se importar como seria a vida deles, se conseguiriam se alimentar, estudar, entre outras coisas. A filha mais nova tinha cinco meses de idade. Dona Maria, por amor que tinha a eles, buscou forças para cria-los da melhor maneira que pôde. Com muita luta, lavando roupa para fora para não deixar faltar o alimento. Assim a vida seguiu, com muita dificuldade. Os mais velhos trabalhando incansavelmente para ajudar a sustentar os mais novos. E apesar das dificuldades, o amor e o cuidado sempre estiveram presentes.


C-M e D-M

Os filhos cresceram e dona Maria sentia orgulho de ver os seres humanos que se tornaram, honestos e trabalhadores. Sempre rezava, agradecendo a Deus por ter lhe dado força!!


Filhos honestos, trabalhadores, mas também muito inquietos, no bom sentido, é claro.


Sonhavam com um mundo melhor, mais justo, mais igualitário. E sonhavam, e queriam fazer uma revolução. E ouviam Raimundos que cantavam: “como dizia dona Antônia, só cresce quem sonha”. E eles sonharam alto, junto com sua mãe. E desse sonho, nascia então, a casa que é de todos, a Casa Cultural Dona Antônia, com o propósito de “Cuidar das Pessoas” assim como foram cuidados por sua mãe, dona Maria Lima, que hoje virou a dona Antônia. Assim é chamada por todos que frequentam a casa. Uma casa de escuta e acolhimento.


Teco :)

E sempre foi assim, Teco que cuidava com seu afeto, seus ensinamentos, sua sabedoria.


Cuidado através da arte de Carlos Martins, tecendo sonhos entre taquaras de bambu.


Cuidado espalhado por uma Flor do Campo que fazia lindas flores em silêncio. E agora cuida com peças que enfeitam mulheres e mostram que elas podem ser fortes e delicadas ao mesmo tempo.


Cuidado através da mensagem da música de Celso Moretti que diz: O meu primo José tem uma profissão, é pedreiro e a honra está em suas mãos, profissão de malandro não é do meu primo José, construindo ele vai (uiê) vai batendo a colher, cantada por Sergio Kibe, que faz pulsar a casa com sua força, alegria e liderança.


Sil

Eu, Silvana, que também faço parte dessa História, espalhei cuidado ao embalar sonhos e brincadeiras de criança. Entre composições cantadas com emoção, dando boas-vindas a quem aqui chegasse.


O “Cuidar”, através das oficinas, com seus professores que espalham carinho e paciência.


“Cuidado” refletido em uma peça encenada no teatro, na bailarina com seu salto no ar, enchendo de emoção a professora.


Nas mãos que manuseiam o barro, que se transforma em uma linda peça.


No toque do tambor, que traz de volta nossas raízes e ancestralidade.


Assim é aqui na Casa Cultural Dona Antônia. Cuidado que começou com dona Maria Lima, que ensinou a “cuidar” de quem aqui chegasse, casa que agora é a casa de todos, porque aqui “cabe todo mundo”.


Então cuide de você, cuide das pessoas.


Seja com uma simples gentileza, com um bom dia, um sorriso, um abraço, um elogio sincero, um gesto de atenção. Seu dia ficará mais leve e você se sentirá mais feliz!!



CCDA



Silvana Martins

Cantora, Compositora e CO fundadora da Casa Cultural Dona Antônia



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