Transparência: Um Valor que Sustenta a Verdade, a Democracia e a Confiança
- Casa Cultural Dona Antonia
- 13 de jun.
- 2 min de leitura

Falar de transparência no terceiro setor é mais do que mencionar uma obrigação legal ou uma boa prática de gestão. É falar de confiança, ética, verdade e responsabilidade social. É falar de democracia.
Na Casa Cultural Dona Antônia, onde o compromisso com a transformação social caminha lado a lado com os valores humanos, assumimos a transparência não apenas como uma diretriz, mas como uma postura de respeito à comunidade e às pessoas que fazem parte da nossa história.
Mas o que é, afinal, transparência?
Transparência é a disposição ativa de tornar visível o que se faz, como se faz e com que recursos se faz. É abrir informações, processos e decisões para o olhar público. É criar pontes de confiança entre instituições e sociedade, entre quem realiza e quem acompanha, entre quem sonha e quem colabora.
No setor público e no setor social, a transparência é um direito coletivo. É o que garante à população saber como são aplicados os recursos públicos, quais são os critérios das escolhas feitas, e quais resultados estão sendo gerados. Por isso, não se trata apenas de uma recomendação ética — trata-se também de um imperativo legal, amparado por marcos importantes como:
A Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), que obriga o poder público a fornecer informações de interesse coletivo;
A Lei nº 13.019/2014 (Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil), que determina que OSCs divulguem amplamente termos de fomento, relatórios e prestação de contas;
E a Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), que assegura a gestão transparente dos recursos públicos.
No entanto, mais do que cumprir a lei, ser transparente é um ato de integridade. É um compromisso com a verdade — e a verdade é um dos valores mais preciosos que cultivamos na Casa Cultural Dona Antônia.
A transparência também é condição para a sustentabilidade institucional. Organizações que adotam uma cultura transparente se tornam mais confiáveis para apoiadores, financiadores e para a comunidade que as cerca. Isso favorece parcerias duradouras, fortalece a reputação e amplia o impacto das ações realizadas.
Recentemente, esse compromisso foi reconhecido com a concessão do Selo de Transparência da Certificadora Social, uma importante conquista institucional para a Casa Cultural Dona Antônia. Mas, mais do que um símbolo, esse selo representa uma conduta permanente de abertura, zelo e responsabilidade.
Entendemos que, num mundo marcado por desinformação e crises de confiança, ser transparente é uma forma de resistência ética. É reafirmar o valor da verdade em cada escolha. É prestar contas com orgulho e consciência. É tornar a gestão mais participativa e a cultura organizacional mais democrática.
Esse texto não é apenas um anúncio. É um convite. Um chamado para que outras organizações da sociedade civil, coletivos culturais, associações comunitárias e gestores públicos reflitam sobre como a transparência pode ser praticada e aprimorada em cada contexto.
Acreditamos que só se constrói transformação social duradoura quando há visibilidade, participação e confiança mútua. E isso só se faz com base na transparência.
Seguimos, assim, firmes em nosso propósito: fazer cultura com verdade, com responsabilidade e com o olhar voltado para o bem comum.
Sérgio Martins
- Advogado
- CEO da Casa Cultural Dona Antônia
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